Máscaras

Usamos máscaras. É importante, socialmente, essa coisa de ser aprovado pelas pessoas, e por nós mesmos, e por isso usamos máscaras. E quando elas são exageradas, ou irreais, as pessoas detectam o exagero, e passam a te ter como mentiroso. Não pela máscara, mas pelo exagero, mas fingem que é pela máscara mesmo.

O dinheiro, a bebida e a raiva revelam o caráter de um homem.

As máscaras, eventualmente, caem. Precisamos aprender a alinhar nosso desejo com a nossa realidade, de modo que passar por essas situações não nos torne alguém que detestamos e escondemos das pessoas. E muitas vezes tenhamos que passar tempo recolhendo os cacos das coisas que quebramos e que às vezes não tem mais como consertar, porque não soubemos lidar com nossos desejos.

Perceba que não estou falando de dinheiro, bebida e raiva; mas sobre caráter. Somos a pessoa inconsciente que surge quando nosso consciente enfraquece. E se tivermos falhas graves de caráter, decepcionaremos as pessoas que amamos por conta disso. Não porque deixamos o monstro aparecer, mas porque fingimos que éramos perfeitos.

Eu tenho um defeito de buscar a mentira como solução. E isso aparece nesses momentos, de raiva, de poder. Acabo usando muito o sarcasmo e a ironia pra humilhar pessoas. Isso é abominável, e por saber disso, tenho me esforçado para melhorar no meu dia a dia, para que a cada dia eu me pareça mais com a máscara.

E por fim, a máscara é essa coisa boa e traiçoeira. Meu desejo é que eu aprenda a cada dia a ser mais parecido com a máscara, para que um dia ela seja esquecida na mesa, quando eu sair de casa, e não faça falta.

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